sexta-feira, 9 de março de 2012

Somos Exteriormente o que Somos no Nosso Interior?

Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?
Se nos auto-observarmos a cada segundo perceberemos exemplos destas ocorrências, ou seja, que somos como marionetes do ego, dos múltiplos defeitos psíquicos que criamos na mecanicidade de inúmeras existências. Estes defeitos podemos dizer também os eus, cada qual com distintas vontades e opiniões: Quantas vezes continuamos a comer mesmo já estando bem alimentados? Aí estão os eus da gula. Ao olharmos para outras mulheres, mesmo já sendo casados? Aí estão os eus da luxúria e do adultério. Ao repararmos o carro novo que o vizinho comprou? Aí estão os eus da cobiça, da inveja. Ao sentirmos uma vontade incontrolável em falar mal de alguém?
Aí estão os eus da maledicência. Ao nos compararmos com os outros, nos achando melhores nisto ou naquilo? Os eus do orgulho se robustecendo. E mesmo o contrário, nos achando sempre inferiores, os eus da baixa-estima se robustecem.
Quando sofremos é apenas o ego a sofrer, pois o ego nunca está satisfeito, quanto mais tem mais quer. O ego é multiplicidade de vozes e eus, se apresentam sob a forma de pensamentos involuntários, aos quais e mediante a auto-observação, iremos sem dó nem piedade suplicar a sua eliminação. Muitas pessoas se queixam de seus problemas, devemos ter a compreensão de que estes eus de lamentações se robustecem terrivelmente, eus de baixa-estima e autoconsideração.
Devemos ter conosco que nossas dificuldades são necessárias para o autoconhecimento.
Se nos conscientizamos de que esta existência é muito passageira, que o tempo terreno nada é em comparação à Eternidade, não temos mais com que nos preocuparmos, assim desbancamos qualquer falatório interno deste tipo, nos dedicaremos à realização da parte que nos cabe, nos auto-observando, nos auto-conhecendo, eliminando os defeitos observados. Desta forma opera o verdadeiro soldado: O Revolucionário de si mesmo. O Mestre dos Mestres Jesus é o exemplo de revolucionário à quem devemos nos espelhar.
O “ego” sempre virá dizer coisas grandes de nós, devemos estar atentos, pois a falta de humildade, entre tantos outros defeitos, é simplesmente terrível, é urgente que tenhamos consciência de nossa insignificância, que sejamos humildes e transmitamos o Amor que sentimos e todos que nos rodeiam, por isso abraçamos esta causa por amor à humanidade doente que aí se encontra.
Devemos compreender que quem se sente ofendido, humilhado e quem realmente sofre por estas coisas é apenas o “ego”. Justamente aquele que devemos eliminar. Quando não conseguimos realizar as múltiplas vontades do ego, acabamos sofrendo por isso, nos desapontamos, nos decepcionamos, mas quem sofre senão o “ego”? A pluralidade de defeitos que habitam dentro de nós?
Vivemos exteriorizados, buscamos apenas os bens materiais, o conforto, o reconhecimento das pessoas, a fama, o sucesso, o “papel pintado”, conforme os padrões sociais, baseado neste sistema falido que aí se encontra. Um mundo onde há o desamor, a fome, as guerras, a luta pelo poder, pelo ter e possuir, sem se importar com os seres humanos, onde o homem só tem valor pelo volume de sua conta bancária. Olhem ao redor e se questionem: “Quem é verdadeiramente feliz?” É terminantemente impossível sermos felizes enquanto exteriorizarmos e vivermos adormecidos como verdadeiros robôs, de acordo com as regras absurdas de uma sociedade doente! 

Pr. Marcelo da Costa
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